No período 2010-2020, atuando como especialista da “Odontologia para Pessoas com Necessidades Especiais” em um centro de referência do SUS/DF, tive a necessidade e a oportunidade de desenvolver uma abordagem multiprofissional, em favor de muitos dos pacientes cuja deficiência física/mental/comportamental os impedia de colaborar durante seu atendimento, em regime ambulatorial. Pacientes esses que já faziam uso regular de psicotrópicos, anti-histamínicos, neurolépticos, etc. e, no entanto, tinham muita dificuldade para sentar-se na cadeira odontológica e permitir que eu e meus auxiliares executássemos os procedimentos básicos necessários para restabelecer sua saúde bucal. Eram muitos os pacientes com Paralisia Cerebral que apresentavam movimentos involuntários, convulsões, bruxismo e síndromes respiratórias, outros tantos, com Síndrome de Down e seus distúrbios periodontais. Centenas de autistas trazendo sua síndrome comportamental agravada pelas comorbidades, além dos pacientes com S. Alzheimer e toda sua resistência em abrir a boca. Enfim, milhares de casos atendidos num consultório quase convencional de um hospital público de Brasília. Oque a Homeopatia tem a ver com isso? Graças a nossa abordagem Odontologia/ Homeopatia, dentro do próprio SUS/DF, pudemos melhorar centenas de moléstias que dificultavam a adesão desses pacientes ao tratamento odontológico ambulatorial. A intervenção da Homeopatia foi decisiva no controle da ansiedade, medo/fobias,  espasticidades, também reduzindo processos alérgicos, bruxismo, hipotonias, convulsões e promovendo a recuperação tecidual. Tudo isso tornou possível um tratamento odontológico humanizado, resolutivo, que livra a pessoa com deficiência de passar dores, infecções, mau hálito, etc. sem a necessidade de esperar por meses ou anos uma vaga para sedação ou anestesia geral. Graças ao apoio, competência e dedicação dos médicos homeopatas pudemos ampliar o acesso desses usuários ao programa de saúde bucal do SUS. Isso é INCLUSÃO SOCIAL!